Mercado reduz estimativas de inflação e juros para 2026, aponta Focus

O Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Central, mostrou uma revisão para baixo nas projeções de mercado para a inflação e a taxa Selic em 2026. A estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2026 caiu de 4,30% para 4,29%, enquanto a previsão para a Selic, a taxa básica de juros, recuou de 12,38% para 12,25%. A leve queda projetada para Selic em 2026 reflete expectativa de que poderá haver algum alívio nos juros só a partir do próximo ano.

As projeções para a inflação deste ano, no entanto, permaneceram em 4,83%. Já a previsão para a Selic em 2025 se manteve em 15% pela 13ª semana consecutiva. Sobre inflação futura (2027-2028), as expectativas continuam convergindo para patamares mais moderados (embaixo de 4%), mas ainda acima da meta central de 3%.

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi revisada para 2,16%. Para 2026, a mediana da previsão ficou em 1,80%, enquanto para 2027 e 2028, as projeções se mantiveram em 1,90% e 2%, respectivamente. Para 2028, a previsão é de crescimento de 2%. Já o câmbio foi mantido em R$ 5,50 para o fim de 2025, com leve valorização esperada nos anos seguintes: R$ 5,60 em 2026 e 2027, e R$ 5,54 em 2028.

A estimativa para o dólar em 2025 ficou em R$ 5,50. Para 2026 e 2027, a projeção permaneceu em R$ 5,60, e para 2028, em R$ 5,54. As projeções para o Índice Geral de Preços – Mercado foram reduzidas para 2025, de 1,10% para 1,09%, e para 2026, de 4,20% para 4,18%.

A expectativa para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 subiu de 4,66% para 4,75%, mas caiu para 2026, de 4,00% para 3,97%.

Apesar de o mercado prever inflação acima da meta em 2025, os números apontam para um cenário de descompressão gradual a partir de 2026. A expectativa de juros mais baixos no médio prazo indica confiança em um processo de convergência inflacionária, mas ainda distante do centro da meta.

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