O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (15), revelou um cenário de maior otimismo em relação ao controle de preços no Brasil. Pela quinta semana consecutiva, o mercado financeiro revisou para baixo a projeção da inflação oficial, medida pelo IPCA, para o ano de 2025, reduzindo a mediana de 4,40% para 4,36%.
A tendência de queda também foi observada para as estimativas de 2026, que recuaram para 4,10%, consolidando um movimento de retração que já dura quatro semanas. Para os anos de 2027 e 2028, as expectativas permanecem ancoradas em 3,80% e 3,50%, respectivamente.
No campo da atividade econômica e do câmbio, as projeções demonstram estabilidade. O Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 segue com previsão de crescimento de 2,25%, enquanto a cotação do dólar foi mantida em R$ 5,40 para o encerramento do próximo ano. De maneira geral, o mercado projeta uma moeda americana estável em R$ 5,50 a partir de 2026 até 2028.
Já o IGP-M, índice que reflete os preços no atacado e aluguéis, aprofundou sua trajetória de deflação para 2025, atingindo -0,65% em sua 14ª semana seguida de queda.
Por outro lado, os preços administrados — que incluem tarifas como energia e combustíveis — apresentaram um movimento de alta para 2025, subindo para 5,34%.
Em contraste, as projeções para a taxa Selic em 2025 foram mantidas no elevado patamar de 15,0% ao ano, sinalizando que os analistas ainda preveem uma política monetária restritiva para garantir a convergência da inflação. Para 2026, houve um ajuste marginal na taxa de juros, que caiu levemente para 12,13%, enquanto a previsão de longo prazo para 2028 permanece em 9,50%.
Comitê de Política Monetária do Banco Central utiliza o Focus para entender se o mercado acredita que a inflação voltará para a meta. Se as projeções do Focus sobem demais, o BC se sente pressionado a manter ou subir os juros (Selic).









