As projeções dos analistas para a inflação brasileira em 2025 apresentaram uma nova revisão para baixo, marcando a terceira semana consecutiva de declínio, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (23) pelo Relatório Focus do Banco Central. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano passou de 5,25% para 5,24%. Em contrapartida, a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 registrou uma leve alta, passando de 2,20% para 2,21%. No que se refere ao mercado cambial, a mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2025 recuou de R$ 5,77 para R$ 5,72.
A projeção para a taxa básica de juros, a Selic, para o término de 2025, teve um aumento, passando de 14,75% para 15%. Essa revisão para cima ocorre após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a Selic para 15% ao ano na reunião da semana anterior.
As expectativas para a inflação nos anos seguintes se mantiveram ou apresentaram pequenas alterações. A projeção para o IPCA em 2026 permaneceu em 4,50%, enquanto a estimativa para 2027 ficou em 4,00% e para 2028 em 3,85%.
Em relação ao Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), as projeções para 2025 tiveram uma queda de 4,16% para 3,86%, e a estimativa para 2026 também recuou, de 4,55% para 4,50%. Para 2027 e 2028, a projeção de inflação do IGP-M ficou estável em 4%.
As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 apresentaram um recuo de 4,55% para 4,34%. Para 2026, houve uma leve alta na projeção, de 4,31% para 4,32%. Já para 2027, a estimativa ficou em 4,00%, enquanto para 2028 houve uma pequena redução, de 3,85% para 3,83%.
No cenário do PIB, além da ligeira alta para 2025, a mediana das projeções para 2026 também mostrou um aumento, passando de 1,83% para 1,85%. A projeção para 2027 permaneceu em 2,00%, assim como a de 2028, que se mantém em 2% há 67 semanas. Por fim, as expectativas para a taxa de câmbio nos anos subsequentes mostram estabilidade. A projeção para 2026 ficou em 12,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa continuou em 10% pela 26ª semana consecutiva.