A Microsoft pretendia aumentar a diferença de preço entre as versões do Office vendidas com e sem o aplicativo Teams, em uma tentativa de evitar uma possível multa antitruste da União Europeia, segundo três fontes.
A medida ocorre cinco anos após o Salesforce, dona do Slack, ter apresentado uma reclamação à Comissão Europeia alegando que a Microsoft estaria vinculando o Teams ao Office de forma anticompetitiva. Em 2023, a empresa alemã alfaview também entrou com um pedido semelhante.
A Comissão Europeia investiga se a prática da Microsoft prejudica a concorrência ao dificultar outras ferramentas de colaboração, como Slack e Zoom, compitam no mercado corporativo.
O Teams, lançado como parte do Office 365 em 2017, atualizando o Skype for Business, ganhou grande popularidade durante a pandemia, especialmente devido à sua funcionalidade de videoconferência. A proposta de aumentar o preço do Office com o Teams visa tornar os produtos concorrentes mais competitivos, permitindo que outras ferramentas, como Slack e Zoom, possam ser oferecidas a preços mais baixos.
Em 2023, a Microsoft separou o Teams do pacote Office, oferecendo uma versão sem o aplicativo por 2 euros a menos. O Teams foi colocado à venda como um serviço independente, custando 5 euros por mês.
Essa medida pode ser uma estratégia para atender às preocupações antitruste da Comissão Europeia, ao mesmo tempo em que preserva a oferta do Teams como um produto independente.
A UE já impôs multas de até 2,2 bilhões de euros à Microsoft há mais de duas décadas, devido à prática de agrupar ou vincular produtos de forma que dificultassem a concorrência. As multas antitruste podem ser pesadas, chegando a até 10% da receita anual global de uma empresa, o que explica o esforço da Microsoft para evitar mais sançõe