O presidente argentino, Javier Milei, anunciou que o Banco Central da Argentina imprimirá notas de 20 mil e 50 mil pesos para conter a quantidade de dinheiro em circulação, em resposta à alta inflação. Esses valores equivalem a aproximadamente R$ 120 e R$ 300, respectivamente. Milei justificou a medida como uma maneira de reduzir a quantidade de notas em circulação e facilitar as transações, evitando carregar grandes quantias de dinheiro.
Embora o presidente não tenha especificado a data de emissão das novas notas, ele enfatizou que essa ação contribuirá para manter a quantidade de dinheiro estável, principalmente no setor cambial. Até o momento desta notícia, o Banco Central da Argentina ainda não se pronunciou sobre o anúncio de Milei.
A nota de maior valor atualmente em circulação na Argentina é a de 2.000 pesos (cerca de R$ 12), introduzida no início do ano para reduzir a circulação de dinheiro.
Em outra frente, Milei pressionou deputados e senadores ameaçando realizar uma consulta popular caso o Congresso não aprove o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) emitido por ele em 20 de dezembro. O presidente associou a demora na tramitação de projetos legislativos à busca de propinas por parte de alguns legisladores, sem apresentar provas.
Milei afirmou que, se o Congresso rejeitar o decreto, convocará um plebiscito e questionará por que estão contra a vontade popular. O partido de Milei, Liberdade Avança, é minoria no Congresso, enfrentando o desafio de obter a aprovação para suas propostas.
O DNU proposto pelo presidente modifica ou revoga mais de 350 normas, e busca desregular a economia argentina. Entre as medidas, estão a desregulamentação do serviço de internet via satélite, flexibilização do mercado de trabalho, revogação de leis nacionais e a conversão de empresas estatais em sociedades anônimas para facilitar privatizações. Após uma semana de protestos contra as reformas, o Congresso terá sessões extraordinárias para discutir e votar as propostas nos próximos dias.
Imagem: Divulgação/Wise