A Mombak, startup de remoção de carbono, será a primeira empresa a receber recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Novo Fundo Clima) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), lançado em 2023. Ao todo, serão R$ 100 milhões – sendo R$ 80 milhões do Fundo Clima e R$ 20 milhões do BNDES Finem, sacados depois do Santander conceder fiança bancária para a operação.
Os recursos serão direcionados ao reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia, com foco na recuperação da biodiversidade e na remoção de carbono em larga escala. Esta é a primeira operação do Novo Fundo Clima para reflorestamento, representando um marco significativo para o setor no Brasil.
Com o aporte, a Mombak expandirá suas iniciativas no Pará, fortalecendo o modelo de parcerias com proprietários locais. O projeto permitirá a captura de carbono de alta integridade e incentivará a economia local ao gerar empregos e impulsionar a cadeia produtiva do reflorestamento.
O Fundo Clima é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima e se constitui em um fundo vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) com a finalidade de garantir recursos para apoio a projetos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.
“A primeira operação do Novo Fundo Clima para restauro florestal é simbólica como marco da atuação do governo federal no reflorestamento da Amazônia e da atuação do BNDES como impulsionador de um novo mercado, de um novo caminho para o desenvolvimento do Brasil. Estamos reconstruindo florestas, mantendo a biodiversidade, gerando empregos, renda para população e ajudando o planeta”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“Esse financiamento é um marco para o setor de remoção de carbono no Brasil. Reforça que o reflorestamento não é apenas uma prioridade ambiental, mas também um negócio escalável com forte demanda de mercado”, afirmou Peter Fernandez, CEO e cofundador da Mombak. “Ao concretizar a primeira operação desse tipo por meio do Novo Fundo Clima, demonstramos o potencial do Brasil para liderar a indústria global de remoção de carbono.”
“As soluções baseadas na natureza têm um enorme potencial no Brasil, mas precisam de soluções inovadoras de financiamento para que possam decolar. Trabalhamos desde o lançamento da linha para restauração do BNDES na busca de soluções que se alinhem com o modelo de negócios dos clientes e os requisitos de mitigação de riscos financeiros. Ficamos felizes em contribuir com o primeiro desembolso da linha para a Mombak”, destaca Leonardo Fleck, head sênior de Sustentabilidade do Santander Brasil e co-lead de natureza e biodiversidade do Grupo Santander.
A Mombak já captou US$200 milhões para projetos de remoção de carbono no Brasil. A empresa plantou milhões de árvores nativas no Pará, gerando empregos diretos e indiretos e fortalecendo a cadeia do setor. O financiamento pelo Novo Fundo Clima representa um passo importante na conexão entre capital privado e projetos ambientais de larga escala.
A empresa atraiu investimentos de instituições internacionais, como o Banco Mundial, e fechou contratos com grandes compradores corporativos, incluindo Microsoft, Google e McLaren Racing.