O estudo “Comprometimento Econômico das Mudanças Climáticas”, publicado na revista Nature na segunda quinzena de abril, adverte que a redução da produtividade provocada pelas mudanças climáticas pode levar a uma contração de 19% na economia global até o ano de 2049.
Apesar de os números apresentados serem consideravelmente mais altos do que os dados anteriores, os autores do estudo, pesquisadores do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, na Alemanha, argumentam que suas estimativas são conservadoras e que os impactos das mudanças climáticas podem resultar em uma retração de até 29% do PIB global.
Por outro lado, uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial, divulgada em 2023, projeta que as mudanças climáticas terão um custo anual entre US$ 1,7 trilhão (R$ 8,6 trilhões na cotação atual) e US$ 3,1 trilhões (R$ 15 trilhões) até 2050. Isso representa entre 1,5% e 2,8% do PIB global atual e inclui os prejuízos causados à infraestrutura, propriedades, agricultura e saúde humana.
Além disso, os resultados do estudo também destacaram que o Sul da Ásia e da África foram as regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas, enquanto a Ásia Central e a Rússia apresentaram impactos significativamente menores.
É importante considerar diferentes perspectivas e abordagens quando se trata de avaliar o impacto das mudanças climáticas na economia global. Embora o estudo do Instituto Potsdam forneça uma visão importante, outros estudos e análises também são relevantes para entender completamente o cenário.
Por exemplo, um estudo publicado pelo serviço europeu de mudança climática Copernicus indica que o clima da Terra aumentou 1,48 °C desde 1850. Durante o mesmo período, o PIB global aumentou significativamente, de US$ 1,73 trilhão (R$ 8,8 trilhões) para US$ 134,08 trilhões (R$ 6 quatrilhões). Esses dados destacam a complexidade das interações entre mudanças climáticas e economia, sugerindo que há diferentes interpretações e pontos de vista a serem considerados.
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