Durante o período compreendido entre 29 de abril e 3 de maio, as tempestades que atingiram o Rio Grande do Sul resultaram em prejuízos financeiros estimados em pelo menos R$ 275,3 milhões. Esses danos adicionam-se à tragédia humanitária que assola o estado.
Os dados são da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e indicam que R$ 59,9 milhões deste prejuízo diz respeito ao setor público. A maior parte deste montante, cerca de R$ 29,5 milhões, está relacionado a danos em obras de infraestrutura, como pontes, estradas e sistemas de drenagens urbanas.
No setor privado, os prejuízos já totalizam R$ 99,8 milhões, com a maior parte dessas perdas concentrada na agricultura, alcançando R$ 71,4 milhões. Na indústria, os danos totalizam R$ 11,2 milhões, enquanto na pecuária, as perdas chegam a R$ 9,3 milhões.
Na esfera habitacional, os prejuízos ultrapassam os R$ 115,6 milhões, com 10.193 residências danificadas ou destruídas. Até o último sábado (3), as chuvas intensas provocaram danos em 300 municípios do Rio Grande do Sul.
A barragem de Bugres, na cidade de Canela, na Serra Gaúcha, está com risco de ruptura iminente, exigindo providências para preservar vidas, segundo boletim divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul. Outras duas barragens monitoradas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) também estão com risco de ruptura iminente. São elas: Barragem do Arroio Barracão, em Bento Gonçalves, onde houve erosão da margem direita da barragem e 50 famílias estão sendo retiradas, e Barragem Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra, com necessidade de evacuação da população potencialmente atingida.