Na semana do Copom, Selic tem 97,4% de probabilidade de ser reduzida em 0,5%, aponta IEPS

Com a iminente reunião do Fed e, em paralelo, ao primeiro encontro do Copom de 2024, a antecipação dos investidores se intensifica

        O boletim Focus, elaborado pelo Departamento de Relacionamento com Investidores do Banco Central, apresenta toda segunda-feira o resultado de uma pesquisa com 120 instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. Entretanto, ele representa a mediana dessas estimativas. No caso da Selic, a fórmula é a mesma. “Boletim Focus é o principal relatório do mercado para tentar prever o futuro da economia brasileira, entretanto, sua metodologia é baseada na mediana, o que torna difícil saber qual a probabilidade realatribuída pelo mercado para aquela previsão”, afirma Felipe Uchida, head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital.

        Agora, a Equus Capital semanalmente faz o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS). Através da coleta e tratamento de dados através de Inteligência Artificial (I.A), é possível  estimar a probabilidade indicada pelo mercado de alteração para a próxima reunião do Copom. “Analisando os dados, vemos que a probabilidade de corte indicada pelo mercado, neste momento, é de 97,4%. Na semana anterior, este percentual estava em 96,8%.Vale lembrar que, próximo da última reunião do Copom, este percentual estava em 81,5%”,afirma Uchida.

        “Nesta semana, observamos uma estabilização no número de contratos em aberto no mercado de opções de Copom, passando de 30.226 para 30.248. Além disso, há um aumento na probabilidade de um corte na taxa Selic, de 96,8% para 97,4%, indicando uma consolidação da confiança do mercado na redução de 0,5% na próxima reunião do Copom em torno de 97%. “Com a iminente reunião do Fed e em paralelo ao primeiro encontro do Copom de 2024, a antecipação dos investidores se intensifica. Nas divulgações de indicadores da semana anterior, a estimativa preliminar do PIB dos EUA para o quarto trimestre de 2023 revelou um crescimento surpreendente de 3,3%, excedendo as expectativas iniciais de um aumento modesto. Esse resultado indica uma recuperação econômica mais forte do que a prevista, distanciando-se dos efeitos residuais da crise sanitária. O relatório subsequente do PCE de dezembro mostrou que a inflação se manteve em 2%, um marco importante que reflete uma melhora na situação inflacionária e tem implicações significativas para a política monetária do Fed”, explica. 

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