O Conselho de Administração da Natura &Co, cujas ações registraram uma desvalorização superior a 22% no acumulado do ano, aprovou a convocação da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) para o dia 25 de abril de 2025, às 9h30. Entre os temas a serem deliberados, está a proposta de incorporação da Natura Cosméticos, que será submetida à aprovação dos acionistas.
A medida busca simplificar a estrutura societária e a governança corporativa do grupo, restabelecendo a Natura como uma holding operacional com ações no Novo Mercado da B3. A empresa espera que a mudança resulte na redução de despesas corporativas, maior eficiência tributária e criação de valor para os acionistas.
As empresas estimam que os custos totais para a efetivação da incorporação, incluindo despesas com a publicação e o registro dos atos societários, além dos honorários do avaliador, atingem aproximadamente R$ 400 mil.
Os acionistas da Natura &Co não terão direito de retirada, uma vez que os papéis da companhia integram o Índice Bovespa e os acionistas controladores detêm menos da metade das ações, atendendo aos critérios de liquidez e dispersão exigidos.
Da mesma forma, o direito de retirada não será aplicado aos acionistas da Natura Cosméticos, já que, no momento da aprovação da incorporação, a Natura &Co será o único acionista da empresa, eliminando a possibilidade de dissidências.
Criada oficialmente em 2019, a Natura &Co nasceu como uma holding após a aquisição da Avon Products, consolidando-se, à época, como o quarto maior grupo global do setor de beleza.
No entanto, a estratégia não atingiu os resultados esperados diante do aumento do endividamento e dos desafios impostos pela complexa integração geográfica das marcas do grupo, que incluía Natura, Avon, The Body Shop e Aesop.