A Natura estima finalizar a captura integral das eficiências decorrentes do processo de integração entre as marcas Natura e Avon na América Latina (onda 2) até o ano de 2026. A projeção foi divulgada pela fabricante de cosméticos em apresentação preparada para o Investor Day da companhia, realizado nesta segunda-feira.
A empresa também comunicou que, a partir de 2026, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) reportado e o recorrente devem convergir. A Natura projeta ainda a continuidade do ciclo de expansão de sua margem Ebitda para os anos de 2025 e 2026.
Na terça-feira, ocorrerá a etapa final da incorporação da Natura&Co pela Natura Cosméticos. Nessa data, os acionistas da Natura&Co receberão, para cada ação detida, uma ação da Natura Cosméticos. O início da negociação das ações da Natura Cosméticos no segmento Novo Mercado da B3 está previsto para o dia 2 de julho.
A Natura também divulgou um prejuízo líquido de R$ 439 milhões no quarto trimestre de 2024 (4T24), uma redução significativa de 83,5% em relação ao prejuízo de R$ 2,7 bilhões registrado no mesmo período de 2023. Apesar da melhora no resultado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) recorrente de R$ 703 milhões foi superado por ajustes não operacionais negativos de R$ 843 milhões.
Segundo a companhia, esses ajustes estão primariamente relacionados ao suporte financeiro da Natura &Co à Avon Products Inc. (API) durante seu processo de reestruturação voluntária (Chapter 11) nos Estados Unidos, além de investimentos destinados à integração da Onda 2 entre as marcas Natura e Avon na América Latina. Operações descontinuadas também contribuíram negativamente com R$ 114 milhões.