Na década passada, era raro trabalhar para uma empresa de outro país sem se mudar. Anos depois, com a evolução da tecnologia e a mudança de mindset corporativo no pós-pandemia, a possibilidade não só existe, como cada vez mais corporações e profissionais aderem a ela.
A tendência nearshore, termo em inglês para “perto da costa”, muito utilizado pelas empresas de tecnologia, consiste na terceirização de serviços de TI para países estrangeiros que compartilham características semelhantes, aproveitando-se de aspectos culturais e fusos horários similares.
De acordo com Jorge Cruz, diretor de IT da Adecco, o Brasil está se tornando um importante IT delivery center, ou seja, um centro de entrega de tecnologia, provendo profissionais para demandas vindas de fora do país. “Somos hoje uma opção relevante, não apenas para as empresas prestadoras de serviços de TI, mas também para grandes multinacionais, dos mais diversos setores da economia”, destaca.
Ele destaca ainda a vantagem para o profissional que consegue fazer um intercâmbio cultural e ter a experiência de uma empresa internacional no currículo. “Oportunidades de fazer parte de times globais alocados em projetos de clientes no exterior costumam atrair aqueles que buscam esse tipo de experiência e o aperfeiçoamento de uma língua estrangeira, geralmente o inglês”. “A flexibilidade e a adaptabilidade dos brasileiros certamente facilitam a integração dos profissionais em times globais e contribuem para sua contratação”, conclui.