Motivados pela movimentação dos clientes, os escritórios focados em assessorar transações de fusões e aquisições começaram a explorar o mercado de dívida. A redução dos juros se tornou um empurrão para os escritórios, que possibilitam um crédito mais personalizado.
Como é o caso da IGC Partners, casa fundada há mais de 26 anos, que começou a desenvolver essa área no fim do ano passado. Seis operações já foram concluídas, e há mais de 50 demandas em curso.
Empresas como a AgroSepac, especializada em manejo de florestas e beneficiamento de madeira, captou R$53 milhões por meio de um CRA.
A JK, por exemplo, contratou há cinco meses Rafael Campos, ex-BTG e Paramis Capital, para liderar uma nova área de estruturação de crédito e, desde então, já foram três operações realizadas, com mais 11 no pipeline em estágio avançado. A expectativa é que, até o ano que vem, as operações efetivadas somem cerca de R$1 bilhão, com consta em matéria dada ao G1.
O que é o Mercado de Dívidas?
O mercado brasileiro de dívida privada ou corporativa, considerado aqui como o ambiente onde se emitem negociam os quatro principais instrumentos de dívida lançados por empresas – debêntures, certificados de recebíveis imobiliários (CRI), certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) e notas promissórias –, é importante fonte de recursos para as companhias brasileiras. Notadamente, os três primeiros instrumentos são capazes de atender às necessidades de projetos de longo prazo, como os de infraestrutura, oferecendo por outro lado oportunidades atrativas e diversificadas de investimento para otimizar a relação risco/retorno das carteiras de investidores institucionais e pessoas naturais.