A Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre de 2025, o dobro do valor apurado no mesmo período do ano anterior. No acumulado do primeiro semestre, o lucro atingiu R$ 2,6 bilhões, avanço de 36% em relação aos seis primeiros meses de 2024.
O Ebitda caixa (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 2,6 bilhões entre abril e junho, alta de 7% na comparação anual. No semestre, o indicador chegou a R$ 5,4 bilhões, crescimento de 2%.
O desempenho foi impulsionado pelos reajustes da parcela B das distribuidoras Neoenergia Coelba e Cosern, além da revisão tarifária da Neoenergia Pernambuco. Outro fator relevante foi o reconhecimento de R$ 869 milhões em créditos tributários, decorrentes da exclusão da atualização financeira do indébito de PIS/Cofins da base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
Os investimentos (Capex) totalizaram R$ 2,8 bilhões no trimestre, sendo R$ 1,7 bilhão direcionados ao segmento de distribuição, o que contribuiu para elevar a base de ativos regulatórios (RAB) para R$ 41,8 bilhões.
A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, encerrou o trimestre em 3,46 vezes, praticamente estável frente às 3,45 vezes registradas no fim de 2024.
A energia injetada na rede, incluindo a geração distribuída, cresceu 2,3% no trimestre e 3,0% no semestre. As despesas operacionais permaneceram sob controle, com alta de 4% tanto no segundo trimestre quanto no acumulado do ano, refletindo a inflação e o crescimento do mercado.