A partir desta quinta-feira (1º), os trabalhadores começam a receber o salário-mínimo oficial de R$ 1.412. O valor correspondente à folha de janeiro representa um aumento de 6,97% em relação ao salário de R$ 1.320, que esteve em vigor de maio a dezembro de 2023.
O valor de R$ 1.412 reflete a aplicação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou 3,85% nos 12 meses encerrados em novembro, acrescido do crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. A medida provisória que estabeleceu a nova política de valorização do salário-mínimo foi enviada pelo governo em maio e aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em agosto.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário-mínimo beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores, resultando em um aumento anual na renda de R$ 69,9 bilhões. A entidade estima que o governo, incluindo União, estados e municípios, arrecadará R$ 37,7 bilhões adicionais devido ao aumento do consumo relacionado ao salário-mínimo mais elevado.
A faixa inicial do seguro-desemprego foi ajustada de acordo com o salário-mínimo. A partir de fevereiro, os benefícios referentes a janeiro serão elevados para R$ 1.412. O valor máximo também foi reajustado, atingindo R$ 2.313,74. Enquanto o piso do benefício acompanhou o aumento do salário-mínimo, o teto registrou um aumento de 3,71%, equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado.