Número de transações via Pix cai após boatos sobre taxação

Segundo O Globo, SPI do BC mostra que quantidade de operações Pix entre 4 e 10/1 somou R$ 1,250 bi, uma queda de 10,9%

De acordo com o jornal O Globo, dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central revelam que o volume de transações via Pix entre 4 e 10 de janeiro totalizou 1,250 bilhão, representando uma queda de 10,9% em relação ao mesmo período de dezembro. Esse é o maior recuo mensal já registrado, superando a redução de 7,5% observada em janeiro de 2022, comparada a dezembro de 2021.

A diminuição nas operações foi agravada por uma onda de desinformação alimentada por fake news. Boatos sobre um suposto novo monitoramento da Receita Federal alegam, de forma incorreta, que transferências via Pix acima de R$ 2 mil serão taxadas, o que tem gerado preocupações infundadas entre os usuários.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esclareceu que o Pix permanece sem cobranças ou taxação para os usuários. A entidade também alertou que as informações disseminadas nas redes sociais sobre a suposta aplicação de impostos ou tarifas ao meio de pagamento são falsas.

Esse recuo nas movimentações interrompe uma tendência de aumento no número total de transações observadas durante o ano de 2024. O menor momento registrado foi na primeira quinzena de janeiro de 2022, onde a baixa foi de 12,9%.

A nova regra da Receita Federal não estabelece nenhuma nova taxa. Trata-se apenas da exigência de que transações a partir de R$ 5 mil realizadas entre pessoas físicas e R$ 15 mil entre pessoas jurídicas sejam comunicadas ao Fisco.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad desmentiu boatos sobre a criação de impostos sobre o Pix e a suposta taxação de animais de estimação, classificando essas informações como falsas.

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