A Nvidia anunciou nesta terça-feira uma nova linha de processadores, incluindo uma família que combina funções de GPU e CPU. O CEO da empresa, Jensen Huang, afirmou que a companhia está bem posicionada para acompanhar a evolução da tecnologia de inteligência artificial.
Durante a conferência anual de desenvolvedores da Nvidia, realizada em San Jose, Califórnia, Huang reforçou a liderança da empresa no mercado de chips para IA. A declaração ocorre em meio a questionamentos de investidores, após a chinesa DeepSeek desenvolver um chatbot competitivo que, supostamente, demanda menos poder de processamento e, consequentemente, menos chips de IA.
O valor das ações da Nvidia mais do que quadruplicou nos últimos três anos, pois a empresa impulsionou o surgimento de sistemas avançados de IA, como ChatGPT, Claude e muitos outros.
Grande parte do sucesso da Nvidia se deve à década que a empresa, sediada em Santa Clara, Califórnia, dedicou ao desenvolvimento de ferramentas de software para atrair pesquisadores e desenvolvedores de IA. No entanto, foram seus chips para data centers, vendidos por dezenas de milhares de dólares cada, que impulsionaram a maior parte dos US$ 130,5 bilhões em vendas da companhia no ano passado.
Agora, os lucrativos chips da Nvidia enfrentam desafios com a evolução da tecnologia. O mercado de IA está passando de uma fase focada no “treinamento” — onde grandes volumes de dados são utilizados para tornar os modelos mais inteligentes — para a “inferência”, etapa em que os modelos aplicam esse aprendizado para gerar respostas aos usuários.
Huang anunciou novos chips, incluindo o próximo processador do tipo GPU, Blackwell Ultra, que estará disponível no segundo semestre deste ano. O executivo disse que os chips da Nvidia têm dois objetivos principais: ajudar os sistemas de IA a responderem de forma inteligente a um grande número de usuários, mas também dar essas respostas o mais rápido possível.
O executivo deu a entender no ano passado que o novo carro-chefe da empresa se chamará Rubin e consistirá em uma família de chips – incluindo uma unidade de processamento gráfico (GPU), uma unidade central de processamento (CPU) e chips de rede – todos projetados para funcionar em enormes data centers que treinam sistemas de IA.
A companhia lançou ainda um computador pessoal e anunciou que a próxima geração de microprocessadores da empresa, Feyman, chegará ao mercado em 2028.