O deep fake e a IA nas eleições americanas

Candidatos tem se preparado para combater movimentos que podem prejudicar as candidaturas

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial alcançou níveis altíssimos no que diz respeito a produção de deepfakes e robocalls. Isso motivou encontros para discutir a regulamentação desses artifícios, e quais os malefícios se usados de maneira indevida. O próprio Fórum Econômico Mundial abordou o assunto em alguns de seus painéis.

Quando se pensa em política, a utilização de deepfakes e a disseminação de fake news através de IA pode arruinar a campanha de um candidato. É o que tem acontecido em uma das eleições com maior poder de influência mundial, a eleição dos Estados Unidos.

Vale lembrar que o último processo de eleição, em 2020, foi um dos mais conturbados da história, com o então presidente Donald Trump superado para o atual presidente Joe Biden – a derrota, contudo, não foi aceita, e foi realizada a recontagem dos votos. O que começou como uma recusa de Trump em aceitar o resultado das eleições, terminou com a invasão de seus apoiadores no Capitólio dos EUA no dia 6 de janeiro de 2021 e que repercute até hoje em todo o mundo.

Dessa vez, parece que a utilização da Inteligência Artificial impactará diretamente as eleições no país. O gabinete do procurador-geral de New Hampshire disse na segunda-feira que estava investigando relatos de uma aparente chamada automática que usou inteligência artificial para imitar a voz do presidente Joe Biden e desencorajar os eleitores do estado de irem às urnas durante as eleições primárias de terça-feira.

O resultado das urnas primárias apontaram para a vitória de Donald Trump, assumindo o comando da corrida pela indicação republicana e fazendo com que uma revanche em novembro contra o presidente Joe Biden parecesse ainda mais inevitável. Fato é que essa vitória passa pelo caso do robocall, sinalizando para o potencial destrutivo que a inteligência artificial possui.

As deepfakes podem representar uma ameaça real à integridade das eleições, podendo comprometer a confiança pública e distorcer o processo democrático. Para enfrentar esse desafio uma abordagem multidisciplinar que envolva tecnologia, educação e regulamentação tem sido discutidas por algumas organizações. Somente assim é possível garantir eleições justas e preservar a essência da democracia diante das complexidades tecnológicas do século XXI.

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