Desde os escritórios corporativos das grandes metrópoles até as salas de reuniões de organizações globais, o papel do presidente corporativo tem sido transformado por um mundo em constante evolução. Com desafios como mudanças climáticas, crises globais, e expectativas crescentes da sociedade, os presidentes corporativos estão se adaptando e moldando o futuro das empresas de maneiras inéditas.
Em uma era onde a liderança exige não apenas visão estratégica, mas também sensibilidade para questões sociais e ambientais, os presidentes corporativos emergem como figuras-chave na determinação do sucesso das empresas e no impacto que elas têm no mundo.
Diversidade e Equidade
Para além da diversidade, é necessário pensar na equidade, pois a simples presença de diferentes grupos na equipe não garante igualdade de oportunidades e tratamento justo. O presidente corporativo do futuro deve estar comprometido não apenas em promover a diversidade em todos os níveis da organização, mas também em criar um ambiente onde todos os colaboradores, independentemente de sua origem, gênero ou background, tenham acesso igualitário a recursos, benefícios e oportunidades de desenvolvimento. A equidade é fundamental para garantir que cada indivíduo possa alcançar seu pleno potencial e contribuir de forma significativa para o sucesso da empresa.
No livro “Conselheiras de Administração”, Iêda Aparecida Patrício Novais, conselheira certificada pelo IBGC, afirma que a realidade das empresas ainda não oferece equidade e declara: “Diversidade depende também das políticas adotadas pelas empresas, para que a mulher consiga chegar lá em cima, inclusive para se aplicar aos conselhos.”
Governança Organizacional e Engajamento com a Sociedade
Um dos aspectos cruciais do presidente corporativo do futuro é sua capacidade de navegar nas complexidades da governança organizacional e de estabelecer uma conexão mais profunda com a sociedade. Não mais limitado a decisões de diretoria e estratégias de negócios, o presidente corporativo deve agora incorporar uma visão ampliada de seu papel, englobando responsabilidades para além das paredes da empresa.
Denise Damiani, também coautora do livro “Conselheiras de Administração” e consultora de empresas em questões de estratégia e inovação, destaca a importância do ESG e a necessidade de implementar mudanças genuínas na sociedade, mesmo que sejam pequenas: “Se a cidade em que a empresa está tem problemas de saneamento, analfabetismo ou qualquer outro, olhe antes para essa realidade. Se há funcionários com problemas de alcoolismo, olhe antes para eles.”
Resposta às Mudanças Climáticas e Liderança em Crises
As mudanças climáticas representam um dos maiores desafios do nosso tempo, e os presidentes corporativos estão sendo chamados a liderar suas empresas em direção a um futuro mais sustentável. Além de adotar práticas empresariais ambientalmente conscientes, eles também devem estar preparados para lidar com crises climáticas imprevistas e adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado.
A conselheira e coautora do livro “Conselheiras de Administração”, Letícia Costa, diz: “Se olharmos o efeito dessas mudanças, que é um fenômeno global, percebemos que todas as empresas já são ou serão impactadas. E se não tratarmos desse tema agora, o custo de fazer negócios será mais alto no futuro.”
Agilidade e Inovação no Mundo Digital
Com a ascensão da tecnologia digital, os presidentes corporativos do futuro também devem ser líderes ágeis e inovadores. Eles precisam entender o potencial disruptivo da tecnologia e estar dispostos a adotar novas estratégias e modelos de negócios para manter a relevância e a competitividade de suas empresas.
Flávia Buarque de Almeida, CEO da Península Participações e board member afirma: “Inovação é o desafio crítico nos dias de hoje. Eu não conheço alguma indústria, algum setor que não está sendo chacoalhado, continuamente, nos últimos tempos” e “Não acredito em um plano estático, mas naquele que permite a mudança.”