É essencial diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) à medida que o aquecimento global piora seus impactos em todo o mundo. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que 2023 foi o ano mais quente da história, com a temperatura média global ao nível do solo 1,45 °C acima do nível pré-industrial. Foi a década mais quente já registrada.
Outro dado importante é o da Agência Internacional de Energia (AIE), que mostra que indústrias pesadas, como energia, cimento, refinarias e aço, são responsáveis por 20% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2). Estes empreendimentos e seus líderes precisam de tecnologias e soluções que diminuam as suas emissões de gases com efeito de estufa, pois enfrentam normas globais e metas nacionais e corporativas de emissões líquidas zero.
As tecnologias de captura, uso e armazenamento de carbono (“Carbon Capture and Storage”, ou apenas “CCS” na sigla em inglês) já existem e podem ter um papel relevante na redução dos impactos das mudanças climáticas em setores difíceis de descarbonizar e possibilitar a produção de hidrogênio com baixa emissão de carbono em larga escala, liberando o potencial do hidrogênio para se tornar um portador de energia limpa amplamente usado. No Brasil, as autoridades locais estão trabalhando na elaboração de planos ambiciosos para novas políticas industriais focadas na bioeconomia, na descarbonização e na transição e segurança energética, através do qual buscam aumentar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética dos transportes.
Essas soluções evitam que o CO2 entre na atmosfera, capturando as emissões dos processos industriais e armazenando-as no subsolo ou canalizando-as para utilização na recuperação avançada de petróleo ou em métodos de produção de combustível sintético. Mesmo antes e depois da combustão, podem ajudar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e apoiar a transição para uma economia de baixo carbono.
“As empresas destes setores já não se limitam a cumprir os regulamentos de transição energética, em vez disso, comprometem-se proativamente com objetivos que promovem a responsabilidade e a sustentabilidade nas suas operações”, afirma José Fernandes, presidente da Honeywell LATAM e vice-presidente da área de Soluções de Energia e Sustentabilidade (ESS, na sigla em inglês) da empresa.
Um exemplo de como as empresas de energia e as petroquímicas estão incorporando tecnologias de captura de carbono em suas operações está nas instalações da Exxon Mobil em Baytown, Texas, nos Estados Unidos. A utilização do sistema de fracionamento de CO2, uma tecnologia de captura de carbono e purificação de hidrogênio, permitirá à petrolífera capturar 7 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que equivale à emissão de 1,5 milhões de automóveis por ano.
O futuro das tecnologias de captura de carbono é uma grande promessa na luta contra as alterações climáticas. Estas soluções são ferramentas essenciais para enfrentar a crise climática, reduzindo as emissões e potencialmente transformando-as em recursos valiosos. Estamos fazendo progressos significativos com diferentes abordagens em direção a um futuro mais sustentável, ajudando diversos setores a resolver os problemas mais desafiadores que se encontram no caminho.