Bioinsumos, inteligência artificial para integração de dados, automação de irrigação, criação de insetos para alimentação animal, remoção de carbono, seguro agrícola e selo de qualidade da carne brasileira estão entre os temas apresentados pelas startups durante a primeira reunião do Agripool, iniciativa do SNASH (hub da Sociedade Nacional da Agricultura) e da venture builder WBGI.
As rodadas de investimento vão de R$ 1,5 milhão e R$ 5,5 milhões por startup para desenvolvimento das atividades técnicas e de pesquisa, acesso ao mercado e ampliação da capacidade produtiva. Entre os presentes estavam produtores rurais interessados em diversificar seus negócios, mas também em encontrar soluções para os problemas reais de suas propriedades como pragas, doenças e falhas de manejo e gestão.
Participaram do encontro Gustavo Spadotti, chefe geral da Embrapa Territorial, Antônio Alvarenga, presidente da SNA e Fernando Pimentel, diretor da Agrometrika, além de produtores e demais convidados.
Paula Curiacos, produtora de café no cerrado mineiro, citou o controle ao bicho mineiro, praga comum nos cafezais e de difícil controle, principalmente para cafeicultores de grãos especiais e sustentáveis.Segundo Uriel Rotta, sócio da WBGI, a ideia é colocar o produtor no centro do pool, tanto para fazer os investimentos quanto para orientar as startups investidas na melhor forma de validar seus produtos e serviços.
Para Leonardo Alvarenga, CEO do SNASH, a iniciativa visa indicar boas soluções para os agricultores e pecuaristas criando uma espécie de grupo de validação dos investimentos, fortalecendo também as lideranças do agro regionais. “Nosso modelo de negócios coloca o produtor como protagonista. Ao ajudar a escolher as agtechs em que vai investir, ele se aproxima dos founders, confia no trabalho das startups para adotar em seu negócio e ainda ajuda no contínuo desenvolvimento do produto. Já as startups ganham validação da sua solução por quem enfrenta os desafios no dia a dia e ainda passam a contar com embaixadores da marca para acessar novos clientes. Além do aporte financeiro, é claro.”
As agtechs que se apresentaram no primeiro encontro são: Ikove Agro – insumos biológicos; Scicrop – integração de dados via IA; Soil – automação de pivô central de irrigação; Buzz – criação de insetos para alimentação animal e fertilização do solo; Inplanet – remoção de carbono da atmosfera com a aplicação de pó de basalto no solo; Mititech – facilita a adesão ao seguro agrícola; BBQ – selo de identificação da qualidade da carne bovina brasileira; Seacarbon – cultivo próprio de algas e produção de biofertilizante a partir dessa matéria-prima.