Opep+ adia produção e petróleo sobe 3%

O aumento que aconteceria na produção de dezembro foi adiado

Os preços do petróleo subiram quase 3% nesta segunda-feira (4), impulsionados pela decisão da Opep+ de adiar o aumento da produção por um mês, enquanto o mercado se preparava para uma semana crucial, com as eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Os contratos futuros do Brent avançaram US$ 2,05, ou 2,8%, para US$ 75,15 o barril às 12h50 ET. O petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu US$ 2,09, ou 3,0%, para US$ 71,56.

No domingo, a Opep+ anunciou que estenderia por mais um mês, em dezembro, seu corte de produção de 2,2 milhões de barris por dia (bpd). O aumento da produção, inicialmente previsto para outubro, já havia sido adiado devido à queda nos preços e à baixa demanda.

A Opep+, composta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e outros aliados, estava prevista para aumentar a produção em 180.000 barris por dia a partir de dezembro.

A extensão desse corte até o quarto trimestre de 2024 “lança dúvidas sobre o comprometimento do grupo (ou sua capacidade) de manter o adequado” em 2025, afirmou Walt Chancellor, estrategista de energia da Macquarie. O chanceler acrescentou que a decisão pode aliviar alguns temores de uma nova “guerra de preços” entre os membros da Opep+.

A gigante petrolífera francesa TotalEnergies prevê que a demanda global por petróleo atingirá seu pico somente após 2030, de acordo com os dois planos mais prováveis ​​de transição energética apresentados em seu relatório anual de perspectivas energéticas.

Em outubro, a produção de petróleo da Opep registrou uma recuperação em relação ao menor nível do ano observado no mês anterior, impulsionada pela resolução de uma crise política na Líbia, conforme uma pesquisa da Reuters. No entanto, o aumento foi contido pelo esforço adicional do Iraque em cumprir os cortes de produção acordados com a Opep+.

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