Os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) terão que cortar, de forma acumulada, 4,573 milhões de barris por dia para compensar o volume que excedeu as metas de produção estabelecidas. A informação consta em uma tabela publicada no site oficial do cartel.
Segundo analistas do mercado de energia, os cortes previstos têm potencial para neutralizar grande parte dos aumentos de produção planejados até o segundo semestre de 2026. No entanto, permanece a incerteza sobre o comprometimento dos países-membros em seguir rigorosamente os cronogramas de redução.
Sete membros da Opep+ — Iraque, Casaquistão, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Arábia Saudita e Omã — apresentaram cronogramas atualizados detalhando como pretendem compensar a produção que excedeu suas cotas desde o início do ano passado.
A medida vem na esteira do anúncio feito no início deste mês pelo grupo de produtores, que revelou um aumento de oferta maior do que o esperado para o mês de maio. A decisão faz parte de um plano mais amplo para reverter gradualmente os cortes de aproximadamente 2,2 milhões de barris por dia que estão em vigor.
A OPEP+ detém uma importância central no cenário energético global, primariamente por sua capacidade de orquestrar a produção de petróleo entre seus membros, que incluem tanto os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo quanto seus aliados.
Essa coordenação na oferta tem um impacto direto e significativo sobre os preços do petróleo nos mercados internacionais, já que decisões de aumentar ou diminuir a produção invariavelmente reverberam nos valores da commodity. Um corte na produção, por exemplo, tende a impulsionar os preços para cima, enquanto um aumento geralmente exerce pressão para baixo.