Em meio a crescentes tensões internas sobre o cumprimento das cotas de produção, diversas nações integrantes da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) planejam propor que o grupo acelere os aumentos na produção de petróleo em junho, pelo segundo mês consecutivo. A informação foi divulgada à Reuters por três fontes com conhecimento das negociações da OPEP+.
Os preços do petróleo atingiram em abril o patamar mais baixo em quatro anos, pressionados pelos efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China e pela decisão inesperada da OPEP+ de elevar a produção em 411 mil barris de petróleo por dia em maio – um volume três vezes superior ao plano original do grupo.
Embora o número exato de países não tenha sido especificado, as três fontes consultadas pela Reuters indicaram que algumas nações desejam um incremento na produção de petróleo em junho com um volume similar ao aumento implementado em maio. Oito países membros da OPEP+ estão agendados para se reunir no dia 5 de maio, com o objetivo de definir o plano de produção para o mês de junho.
Até o momento, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e as autoridades da Arábia Saudita não emitiram respostas aos pedidos de comentários da agência de notícias Reuters.
Após iniciarem o pregão desta quarta-feira em alta, os preços do petróleo inverteram a tendência e passaram a operar em território negativo. O Brent, referência global para o mercado de petróleo, registrava uma queda superior a 2%, sendo negociado abaixo de US$ 66 por barril.
Fontes da OPEP+ revelaram que a Arábia Saudita exerceu pressão por um aumento mais rápido na produção em maio, após manifestar insatisfação com o Cazaquistão e o Iraque, que excederam significativamente suas cotas de produção.
Uma reunião de ministros de alto escalão da OPEP+ realizada em 5 de abril deliberou sobre a necessidade de aprimorar o cumprimento das metas de produção estabelecidas.