Ouro dispara para recorde histórico acima de US$ 3.500

O ouro atingiu na terça-feira uma nova máxima histórica, superando a marca de US$ 3.500 a onça, impulsionado pela crescente convicção de que o Federal Reserve (Fed) irá cortar as taxas de juros e por persistentes riscos geopolíticos e econômicos.

O ouro à vista subiu 0,5%, para US$ 3.491,47, após alcançar o recorde de US$ 3.508,50. No ano, o metal já acumula uma valorização de 33%. Os contratos futuros de ouro dos EUA para dezembro também registraram alta de 1,1%, chegando a US$ 3.554,30.

A expectativa do mercado é de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Fed na reunião de 17 de setembro, com uma probabilidade de 90%, de acordo com a ferramenta CME FedWatch. Um cenário de juros mais baixos tende a beneficiar o ouro, que não oferece rendimento.

Analistas preveem que o metal precioso continuará sua trajetória de alta. Suki Cooper, do Standard Chartered Bank, projeta que o ouro alcance uma média de US$ 3.500 no terceiro trimestre de 2025 e US$ 3.700 no quarto trimestre do mesmo ano.

Fatores de alta

A alta histórica do ouro é resultado de uma combinação de fatores:

A atenção do mercado agora se volta para os dados de folha de pagamento não agrícola dos EUA, que serão divulgados na sexta-feira. Um relatório mais fraco do que o esperado pode intensificar a especulação sobre um corte de juros mais agressivo, impulsionando ainda mais o preço do ouro.

Enquanto o ouro atingiu recorde, outros metais preciosos tiveram um desempenho misto. A prata caiu 0,5% para US$ 40,48, a platina perdeu 0,7% para US$ 1.389,75 e o paládio recuou 1,4% para US$ 1.121,75.

Sair da versão mobile