O Pacto Global da ONU no Brasil é hoje a segunda maior rede local do mundo, com mais de 1.900 participantes. Com mais de 50 projetos em andamento, o Pacto Global atua em temas como água e saneamento, alimentos e agricultura, energia e clima, direitos humanos e trabalho, anticorrupção, engajamento e comunicação.
As empresas que aderirem o compromisso devem adotar uma postura comprometida com a proteção e respeito aos direitos humanos reconhecidos internacionalmente. Isso implica em garantir que não estejam envolvidas em violações desses direitos, promovendo ativamente a liberdade de associação e o efetivo reconhecimento do direito à negociação coletiva. Além disso, é essencial eliminar todas as formas de trabalho forçado ou compulsório, efetivamente abolir o trabalho infantil e combater a discriminação no ambiente de trabalho.
No âmbito ambiental, as empresas devem adotar uma abordagem preventiva diante dos desafios ambientais, desenvolvendo iniciativas para promover uma maior responsabilidade ambiental. Isso inclui o estímulo ao desenvolvimento e disseminação de tecnologias ambientalmente amigáveis.
No combate à corrupção, as empresas devem se comprometer a enfrentar todas as suas formas, incluindo extorsão e propina. Em resumo, a responsabilidade corporativa deve ser pautada pelo respeito aos direitos humanos, a promoção de práticas ambientalmente sustentáveis e a luta efetiva contra a corrupção em todas as suas manifestações.
A Viva Floresta, uma empresa reconhecida por suas práticas sustentáveis, aderiu ao Pacto Global da ONU no final do ano passado. Esta adesão coloca a Viva Floresta na vanguarda do compromisso empresarial com os Dez Princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção, bem como com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A empresa é reconhecida por seu compromisso com produtos que são benéficos tanto para a saúde humana quanto para o planeta, pratica o extrativismo sustentável. Essa abordagem garante que os produtos naturais sejam colhidos de maneira a preservar os ecossistemas, contribuindo para a preservação das florestas e a captura de carbono através de sistemas agroflorestais.
As parcerias exercidas pelo Pacto Global da ONU no Brasil resultaram no desenvolvimento de alguns projetos que impactaram a COP 28, em Dubai. A Plataforma Onda Verde, é um desses projetos, que visa impulsionar as conexões, a geração de negócios verdes e a ação coletiva. Em Agosto de 2023, foi aberto o pré-cadastro na POV, que resultou em novos 493 integrantes, entre startups, grandes empresas, ONGs e demais atores. Os setores-chave de maior concentração de entrantes foram: Florestas e Uso do Solo; Indústria; Gestão de Resíduos e Agropecuária, e Sistemas Alimentares, perfazendo juntos 55% do total.
A ideia é a Onda Verde se torne o maior banco de soluções de baixo carbono da América Latina. Atualmente a Plataforma conta com 850 organizações cadastradas e com estrutura para atender iniciativas de diferentes partes do mundo, pretende alcançar 5 mil participantes até 2025.
“Não há como se falar de solução da crise climática sem colocar o Net Zero como uma das pautas centrais. Precisamos encarar e cumprir as metas robustas e baseadas na ciência. A Plataforma Onda Verde vem para facilitar o caminho de encontro entre quem oferece e quem precisa de uma solução. É urgente facilitarmos a ação”, comenta Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.
Seguir o Pacto Global traz responsabilidade para empresas, e firma um compromisso com a agenda ESG. O mercado voltou os olhos para isso, fazendo com que jovens analisem se uma empresa realmente prática o ESG, antes de se candidatar para uma vaga, por exemplo. Gisela Karic, Vice Presidente da Corporate Quality Thermo Fisher Scientific, comentou sobre o tema em entrevista para a coluna Histórias de Sucesso, de Fabiana Monteiro.
“Cada vez mais os funcionários estão alinhados a isso, especialmente os jovens que querem buscar empresas sérias, comprometidas com o respeito que demonstram ao meio ambiente e à área social. Uma corporação em que se possa ter acesso a relatórios, detalhando as atividades realizadas é valorizada na hora da escolha”, afirma.
Em síntese, a adesão das empresas ao Pacto Global da ONU no Brasil desempenha um papel crucial no avanço de práticas empresariais sustentáveis e responsáveis. Ao comprometer-se com os princípios do Pacto Global, as organizações demonstram seu compromisso com valores fundamentais, como direitos humanos, trabalho digno, meio ambiente e combate à corrupção. Essa iniciativa não apenas contribui para o fortalecimento da reputação e imagem das empresas, mas também impulsiona a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.