O peso argentino alcançou uma marca histórica ao ultrapassar os 1.000 pesos por dólar no início das negociações desta terça-feira (19). Esse marco representa a primeira vez que a taxa de câmbio oficial da Argentina atinge quatro dígitos, refletindo uma depreciação controlada pelo Banco Central do país.
A medida faz parte das estratégias do governo para lidar com a crise cambial e a inflação galopante, que têm pressionado fortemente a economia argentina e o poder de compra da população. Essa depreciação também ressalta a crescente vulnerabilidade do peso em relação ao dólar, agravada por um cenário de instabilidade econômica e incertezas políticas no país.
A moeda registrou uma queda de 0,35%, atingindo 1.002,5 pesos por dólar, após um feriado bancário na segunda-feira. Essa depreciação é parte da estratégia regulatória do Banco Central, que permite que a moeda enfraqueça até 2% ao mês.
Desde a posse do presidente Javier Milei, em dezembro de 2023, o Banco Central conseguiu acumular US$ 20,237 bilhões em reservas, de acordo com dados da Reuters. Essa estratégia, apesar de gerar uma desvalorização controlada do peso, busca estabilizar a economia argentina em meio à pressão inflacionária e à crise cambial.