A Cora, banco digital criado exclusivamente para apoiar pequenas e médias empresas, divulga os resultados do estudo Perfil e Jornada das PMEs. A pesquisa mapeou detalhadamente o perfil de empresas de diversos segmentos, que possuem ao menos uma conta em banco digital, revelando cinco grupos distintos que refletem desde os empreendedores em crescimento até os empresários mais experientes e como cada um deles lida com o crédito.
“Esta pesquisa nos mostra o cenário do pequeno empresário brasileiro, apontando aquilo que dá certo para um grupo, o que dá errado para outro e, principalmente, o que nós podemos fazer para ajudá-los, que é justamente o motivo que a Cora foi criada, permitir que cada cliente nosso possa focar no seu próprio negócio, naquilo que realmente eles são bons”, destaca Igor Senra, CEO e cofundador da Cora.
Dos dados coletados, os que mostram as principais dores dos pequenos empresários são alguns dos mais interessantes da pesquisa. A insegurança política e econômica é a principal, sendo citada por 40% dos empreendedores, seguida pela preocupação em relação a pessoas funcionárias, como contratações, retenção de talentos e gestão (29%). A burocracia atrelada aos aspectos legais de ter uma empresa, como ações contábeis e impostos, é relevante para 24% dos empresários, seguido de questões relacionadas a crédito, marketing e comunicação com os clientes.
“Montar um negócio não é fácil e sempre haverá desafios. Não é de hoje que o pequeno empreendedor atua num mercado adverso. Há impacto das decisões políticas, do cenário econômico, das pessoas envolvidas no negócio, em como conquistar a atenção do cliente em meio a tanta informação e concorrência, etc, tudo isso com um acesso ainda muito caro e burocrático à produtos financeiros e de gestão”, comenta Igor.
As dificuldades, no entanto, não afugentam o empreendedor: pequenos negócios são quase a totalidade das empresas abertas no Brasil em 2024, segundo levantamento do Sebrae. Foram 3,7 milhões de novos CNPJ no ano passado. Desse total, aproximadamente 96% (3,5 milhões) são de pequenos negócios.
De acordo com estudo da Cora, 28% dos empreendedores brasileiros com conta digital se reconhecem como prestadores de serviço, enquanto 22% se veem como empreendedor raiz, já que estão atuando nessa atividade ao longo da carreira, e 15% viram uma oportunidade e decidiram abrir um negócio.
Os pequenos empreendedores no Brasil apresentam diferentes perfis em relação ao uso do crédito, variando conforme a experiência no mercado, a maturidade do negócio e a abordagem financeira. O Segmento A reúne novos empresários, predominantemente do setor de serviços, que priorizam a estabilidade financeira e evitam a necessidade de capital externo, preferindo uma gestão independente. Já o Segmento B é composto por empresários mais experientes, que veem o crédito como ferramenta de crescimento, mas ainda o utilizam com cautela, valorizando um relacionamento de confiança com instituições financeiras.
No Segmento C , encontramos-se empreendedores em fase de expansão, que já têm experiência com crédito e o utilizam estrategicamente, dando importância à clareza e ao contato humano nas negociações. O Segmento D abrange pequenas e médias empresas de setores variados, com uma abordagem equilibrada entre crescimento e controle financeiro, buscando estabilidade e enfrentando desafios como gestão de pessoas e ampliação da clientela.
Por fim, o Segmento E inclui profissionais independentes, como consultores e consultores de serviços, que têm pouca experiência com crédito, pois operam com baixos custos e um alto grau de autonomia.
Algo comum entre todos os grupos é que o fluxo de caixa se mostra razoavelmente previsível, com 64% das empresas desfrutando de estabilidade financeira. Já na questão de gestão, os proprietários são os principais responsáveis pelas operações financeiras (78%), enquanto os escritórios de contabilidade são contratados e apresentam relevância nos Grupos A e E, com 13% e 20% de participação, respectivamente.
67% das empresas possuem até 5 funcionários e cerca de metade dos entrevistados (52%) diz que o principal público atendido são outras empresas, enquanto 30% focam em pessoas físicas e 17% dividem sua atenção entre empresas e público geral.
“Outro ponto que sempre falamos muito para os nossos clientes é de não misturar contas PF dentro da conta PJ. Uma conta pessoa física não abrange as necessidades de uma empresa. Por exemplo, mais da metade dos pequenos empresários dizem atender outros negócios e isso exige que a empresa emita boletos, notas fiscais, gerencie cobranças e pague fornecedores. Além disso, com todas as entradas e saídas reunidas no mesmo lugar, incluindo tributos e outras despesas, fica mais simples organizar o dinheiro. E, claro, ter uma conta PJ pode ser uma boa opção para quem quer profissionalizar, facilitar e organizar a gestão do empreendimento”, finaliza Igor.
A pesquisa Perfil e Jornada das PMEs foi realizada em painel online pela Cora, em dezembro de 2024, com 1.429 empreendedores que representam empresas com contas em bancos digitais.