O uso frequente de dinheiro em espécie por brasileiros recuou nos últimos anos, ao mesmo tempo em que utilização do PIX disparou, o sistema de pagamento em tempo real, que opera 24 horas por dia.
Os dados constam em pesquisa conduzida pelo Banco Central (BC), divulgada nesta quarta-feira (4), com o nome “O Brasileiro e sua relação com o Dinheiro”.
A pesquisa, realizada entre 28 de maio e 1º de julho de 2024, entrevistou 1.000 pessoas de todas as capitais brasileiras com mais de 100 mil habitantes. O objetivo do Banco Central (BC) foi melhorar a gestão do meio circulante no país e promover o conhecimento sobre as características das cédulas e moedas do Real.
Os resultados mostram uma queda significativa no uso de dinheiro em espécie. Em 2021, 20,1% dos entrevistados afirmaram utilizá-lo “muito frequentemente”, percentual que caiu para 13,2% em 2024. Também houve redução nos números de pessoas que disseram usar dinheiro “frequentemente” ou “pouco frequentemente“.
Por outro lado, o PIX consolida-se como o meio de pagamento preferido. Em 2024, 76,4% dos entrevistados disseram “costumar utilizá-lo” para pagamentos, em comparação com 46,1% em 2021, quando o PIX ainda estava em sua fase inicial. Já como forma de pagamento mais usada, o PIX foi escolhido por 46,1% dos entrevistados em 2024, aplicado por dinheiro (22%), cartão de débito (17,4%) e cartão de crédito (11,5%).
Apesar da adesão crescente ao PIX, o uso de dinheiro em espécie ainda é relevante entre os brasileiros, conforme apontado pela pesquisa do Banco Central. De acordo com o estudo, 67,6% das mulheres e 70,5% dos homens utilizam cédulas e moedas do Real.
O levantamento destaca que o uso do dinheiro físico é mais frequente entre pessoas de menor renda: 75% daqueles que recebem até dois exercícios mínimos e 69% dos que ganham entre dois e cinco períodos mínimos utilizam o meio. No entanto, à medida que a renda aumenta, essa frequência diminui. Entre aqueles que recebem de cinco a dez anos de resultados mínimos, o percentual cai para 59,4%, enquanto entre os que ganham mais de dez anos de resultados mínimos, apenas 58,3% usam dinheiro em espécie.
Além disso, uma pesquisa revelou que o uso de cédulas e moedas é mais comum entre os idosos. Entre pessoas com 60 anos ou mais, 72,7% utilizam dinheiro físico, enquanto esse índice é de 68,6% entre jovens de 16 a 24 anos.