Petrobras divulga prévia do 1T25

A Petrobras divulgou nesta quarta-feira (30) sua prévia operacional referente ao primeiro trimestre de 2025 (1T25), reportando uma produção total de petróleo de 2,2 milhões de barris por dia (bpd). Esse volume representa um aumento de 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024, período em que a companhia enfrentou diversas interrupções para manutenção. No entanto, houve uma leve retração de 1% na comparação com o primeiro trimestre de 2024.

Apesar das variações trimestral e anual, a produção da Petrobras no primeiro trimestre de 2025 ficou em linha com as expectativas do mercado. A companhia projeta um crescimento da produção ao longo do ano, impulsionado pela entrada em operação de novos poços no final de 2024 e início de 2025. Essa expansão deve permitir que a Petrobras alcance uma produção anual média de 2,3 milhões de barris diários, conforme seu guidance.

No que diz respeito às vendas, houve uma redução na base trimestral, influenciada pela sazonalidade da demanda no início do ano. Contudo, as vendas registraram um crescimento de 2,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2024.

No âmbito da produção, os principais destaques positivos vieram dos segmentos de pós-sal profundo e ultraprofundo, com um aumento de 10,5% em relação ao trimestre anterior, e do pré-sal, que apresentou uma alta de 5,3% na mesma base de comparação. O incremento na produção do pré-sal está diretamente ligado à entrada em operação do FPSO (plataforma flutuante de produção, armazenamento e transferência) Marechal Duque de Caxias no campo de Mero e ao início da produção de sete novos poços (cinco na Bacia de Santos e dois na Bacia de Campos). O desempenho do pós-sal foi impulsionado por um menor volume de perdas devido a paradas para manutenção e pela entrada de quatro novos poços na Bacia de Campos.

Em contrapartida, a produção de derivados no segmento de Refino registrou uma queda de 6,2%, impactada por uma parada geral planejada da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) no início do ano.

O Itaú BBA expressou uma visão favorável para a Petrobras na temporada de resultados do 1T25, antecipando resultados melhores impulsionados por preços de petróleo ligeiramente mais altos, produção mais robusta e margens de refino superiores na comparação trimestral. Adicionalmente, após investimentos acima do previsto no quarto trimestre de 2024, o banco prevê uma redução nos desembolsos de capital na comparação trimestral, o que poderia levar a um anúncio de dividendos ordinários de US$ 2,4 bilhões (com um dividend yield de 3,6%).

Em relação aos dados operacionais, o BBA ressaltou que o FPSO Almirante Tamandaré deve atingir sua capacidade máxima de produção até o final deste ano, antecipando a previsão inicial do banco para meados de 2026.

Compartilhando uma perspectiva otimista, o BTG Pactual mantém a Petrobras como sua principal escolha no setor, confiante na evolução dos fundamentos da companhia, especialmente com a expectativa de queda no Capex (despesas de capital) e um alívio nos desembolsos.

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