A Elea Digital anunciou nesta terça-feira ter fechado um contrato de R$ 2,3 bilhões com a Petrobras (PETR4). O acordo, com validade de 17 anos, visa a prestação de serviços de “datacenter colocation para hospedagem de equipamentos, aplicações críticas e computação de alto desempenho”, conforme comunicado em Fato Relevante.
O novo contrato representa um marco para a Elea Digital no setor de infraestrutura de TI. No entanto, o anúncio ocorre em um contexto peculiar: no mês passado, a própria Elea havia negado informações veiculadas pela imprensa que a apontavam como vencedora da licitação bilionária da estatal.
O serviço de datacenter colocation é crucial para a Petrobras, garantindo o armazenamento seguro e o processamento de alta performance para suas operações essenciais. O contrato tem vigência a partir da data de sua assinatura.
Antes da assinatura, a Elea havia sido apontada como vencedora da licitação conduzida pela Petrobras, mas negou oficialmente a vitória, afirmando que o processo ainda estava em andamento. Com a conclusão do certame e a formalização do contrato, a companhia passa a ter em sua carteira um dos clientes mais relevantes do país.
A Petrobras, por sua vez, reforça com o acordo sua estratégia de digitalização e de fortalecimento de recursos de alta performance, essenciais para apoiar projetos críticos em exploração, produção e gestão de dados complexos.
Os centros de dados da Elea funcionam com características modernas: TIER III (ou equivalente) em muitos casos, sistemas robustos de segurança, refrigeração eficiente, conectividade “carrier neutro” (ou seja, permitem que clientes escolham seus provedores de rede) e forte foco em edge computing (infraestrutura fora de centros majoritários, em regiões menos centrais) para atender demandas descentralizadas.
A Elea tem emitido debêntures (“sustainability-linked”) atreladas a metas de eficiência energética, redução de consumo de água, e também metas sociais, como presença feminina em cargos de liderança. Em particular, há metas de redução de consumo hídrico de seus data centers: algo como 0,51 litros de água por kWh de energia consumida, com previsões de queda para 0,31 l/kWh e 0,20 l/kWh em anos futuros.