Petrobras enfrenta turbulência devido ao destino do CEO da empresa

A empresa começa semana sob fogo cruzado, do governo ao conselho

Os acionistas minoritários da Petrobras (PETR4) iniciam a semana com um cenário repleto de incertezas. A reunião que potencialmente poderia trazer esclarecimentos sobre a permanência de Jean Paul Prates como CEO da Petrobras, marcada para este domingo antes da abertura do mercado, foi cancelada, conforme relatado pela Reuters.

O presidente Lula, detentor da palavra final em qualquer decisão sobre a cadeira mais importante da Petrobras, teria demonstrado irritação com o vazamento da reunião, na presença dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, e, consequentemente, declinado do encontro.

Conforme a Reuters, uma das fontes ouvidas neste domingo afirmou que a expectativa é de que Prates não “chegue ao final da semana” como CEO. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, foi citado na última semana entre os cotados para assumir o posto de Prates.

Em entrevista ao jornal O Globo, um dos representantes dos minoritários no conselho na Petrobras, Marcelo Gasparino, sugeriu atuação política de conselheiros que representam a União. Segundo o G1, em resposta, o presidente do Conselho de Administração, Pietro Mendes, indicado pela União, reagiu. Pietro enviou uma mensagem a Gasparino e expressou que ele fez uma “acusação grave aos conselheiros indicados pela União”, com base na entrevista.

Nesta manhã de segunda-feira,  Petrobras informou que a Justiça de São Paulo determinou a suspensão do conselheiro Sérgio Machado Rezende do exercício da cargo. A decisão ocorreu, segundo comunicado da Petrobras, por “suposta inobservância de requisitos do estatuto social da companhia na indicação”. Rezende deverá ser substituído por Rafael Dubeux, que atualmente é seu secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda.

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