A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta segunda-feira (24) que o desafio central da companhia é compatibilizar o crescimento da produção de energia para atender à demanda nacional com a urgente transição energética global. Segundo a executiva, o Plano Estratégico de Negócios 2026-2030, que será divulgado na próxima quinta-feira (27), trará essa mensagem de dualidade.
Magda Chambriard destacou que a Petrobras precisa crescer junto com o país para não perder relevância no fornecimento de energia. Atualmente, a estatal é responsável por 31% de toda a energia primária gerada no Brasil.
O plano visa manter essa participação até 2050, o que implicará em um crescimento substancial, já que a presidente estima que a oferta total de energia primária precisará aumentar em ao menos 60% até meados do século.
Para o curto e médio prazo, o foco permanece no petróleo, com uma série de investimentos destinados a atingir o pico de produção do pré-sal, previsto para ocorrer entre 2030 e 2032. No entanto, a presidente enfatizou que a empresa não negligencia a necessidade de reposição de reservas. “A partir do pico, nós temos que repor reservas. E faremos isso buscando novas áreas, como a Margem Equatorial, que é essencial para nós”, afirmou a executiva durante o encerramento do ciclo Eloos Energia, em Belo Horizonte (MG).
Paralelamente ao investimento em novas fronteiras de exploração, a Petrobras planeja reforçar sua atuação nas energias limpas. Magda Chambriard citou o “forte retorno ao etanol” e o incremento na produção de biodiesel.
Além disso, a empresa pretende “mais adiante exacerbar” os investimentos em eólica, solar, hidrogênio e outros combustíveis renováveis, buscando solidificar seu papel na transição energética sem abrir mão de sua posição como principal fornecedora de energia do país.
