A menos de uma semana da tão aguardada Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobras, marcada para esta quinta-feira (25), os investidores receberam mais um motivo para ficarem otimistas.
Conforme noticiado pelo Estadão, o Conselho de Administração da estatal chegou a um meio termo e definiu na sexta-feira (19) que vai propor na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), a ser realizada também no dia 25, o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários que haviam sido integralmente retidos.
No fim da semana passada, o jornalista Lauro Jardim, do O Globo, mencionou em sua coluna que “tudo caminha” para que o pagamento dos dividendos extras aos acionistas seja aprovado no encontro. No entanto, a notícia inicial indicava que a estatal aprovaria a distribuição em 100%, o que agora foi ajustado para 50%.
A retenção dos dividendos extraordinários da estatal tornou-se uma grande incerteza na trajetória da petroleira desde que a companhia decidiu, em março, limitar a distribuição dos proventos ao mínimo de 45% do fluxo de caixa livre determinados pela Comissão de Valores Mobiliários.
A distribuição de dividendos pela Petrobras será útil ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para cumprir a desafiadora meta fiscal de 2024, já que a União receberá cerca de R$ 6 bilhões em dividendos. Olhando para o futuro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou que haverá uma normalização na distribuição de dividendos nos próximos balanços.
Segundo ele, a decisão de reter os lucros tomada em março foi a primeira de um novo mecanismo que a estatal está implementando para estabilizar a remuneração dos acionistas. Resta saber como isso será implementado. Uma das vantagens seria uma maior previsibilidade dos dividendos, pelo menos teoricamente.