Petróleo sobe 3% após suspensão de exportação

Sessão é de ganhos para a commodity, após suspensão de exportação pela Líbia e tensão no Oriente Médio

O preço do petróleo registrou uma alta significativa, subindo cerca de 3% após o governo da Líbia anunciar a suspensão das exportações. Às 9h30 (horário de Brasília) desta segunda-feira, os futuros do WTI subiam 2,83%, alcançando US$ 76,95, enquanto o Brent avançava 2,64%, sendo cotado a US$ 81,11.

O aumento nos preços foi impulsionado pela decisão do governo do leste da Líbia de fechar todos os campos de petróleo, interrompendo tanto a produção quanto as exportações. As facções líbias estão em uma luta pelo poder para controlar o banco central e a receita do petróleo.

Embora o governo de Benghazi, que controla a maior parte dos campos petrolíferos da Líbia, não seja reconhecido internacionalmente, ele exerce influência significativa sobre o setor. A Corporação Nacional de Petróleo, com sede em Trípoli e responsável pela gestão dos recursos petrolíferos, ainda não confirmou oficialmente a situação.

“O maior risco para o mercado de petróleo provavelmente é uma queda adicional na produção de petróleo da Líbia devido a tensões políticas no país, com o risco de que a produção caia dos atuais níveis de 1 milhão de barris por dia para zero”, disse o analista Giovanni Staunovo, do banco suíço UBS.

Os preços do petróleo abriram em alta após o Hezbollah lançar centenas de foguetes e drones contra Israel no domingo. Em resposta, o exército israelense mobilizou cerca de 100 jatos para atacar o Líbano, com o objetivo de impedir um ataque maior. Esses confrontos aumentaram a tensão na região, resultando em uma elevação nos preços do petróleo.

Segundo a Genial, a alta nos preços do petróleo beneficia algumas companhias brasileiras, como Petrobras (PETR4), PRIO (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e PetroReconcavo (RECV3). No entanto, a corretora ressalta que esse movimento altista pode complicar os esforços do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) para promover cortes nas taxas de juros esperados.

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