O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, alcançou um novo recorde diário na última sexta-feira (5), com 313,3 milhões de transações financeiras realizadas. O volume total movimentado também foi inédito, somando R$ 179,9 bilhões, informou o Banco Central neste sábado (6).
O recorde anterior havia sido registrado em 28 de novembro, data marcada pela Black Friday e pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário. Na ocasião, foram contabilizadas 297,4 milhões de transações que movimentaram R$ 166,2 bilhões.
O Banco Central avaliou que o resultado é uma “demonstração da importância do PIX como infraestrutura digital pública, para o funcionamento da economia nacional”. Embora o BC não tenha informado os motivos específicos para o recorde desta sexta-feira, a sazonalidade de fim de ano e os pagamentos de salário e 13º salário são possíveis explicações para a alta movimentação de recursos.
A ferramenta, que completou cinco anos em novembro, já se consolidou na rotina de mais de 170 milhões de brasileiros. Reúne cerca de 890 milhões de chaves cadastradas e é reconhecida por aumentar o acesso ao sistema financeiro e estimular a concorrência entre instituições. Desde seu lançamento, em novembro de 2020, até setembro de 2025, o PIX já movimentou R$ 85,5 trilhões.
Em novembro, entraram em vigor novas regras que visam aprimorar a segurança do PIX. As mudanças ampliaram as possibilidades de devolução de valores para vítimas de fraudes, golpes ou coerção.
Anteriormente, a devolução só era possível a partir da conta original usada na fraude. Agora, as novas regras buscam contornar a tática comum dos golpistas de sacar ou transferir rapidamente o dinheiro para outras contas, o que dificultava o rastreio e a recuperação dos valores.
Em novembro, o Banco Central implementou novas regras de segurança para o PIX, com foco principal em aprimorar os mecanismos de proteção e facilitar a recuperação de valores por vítimas de golpes e fraudes. A devolução de valores, antes, só podia ser feita a partir da conta que recebeu a fraude diretamente. Como os golpistas costumam transferir ou sacar o dinheiro rapidamente para outras contas (‘contas laranjas’), isso tornava a recuperação praticamente impossível.
Com as novas regras, as instituições financeiras que administram o PIX passam a ter a possibilidade de bloquear e devolver os valores para a vítima em contas de terceiros que receberam o dinheiro de forma subsequente. Isso significa que o bloqueio e o rastreamento do dinheiro se estendem além da primeira conta de destino, aumentando as chances de a vítima reaver o valor.
