O plantio da safra de soja 2024/25 do Brasil avançou para 18% da área estimada até a última quinta-feira (17), um aumento em relação aos 8% registrados na semana anterior, impulsionado pela melhoria das chuvas em várias regiões do país. No entanto, esse índice ainda está abaixo dos 30% do ano passado, conforme informado pela AgRural nesta segunda-feira.
A consultoria aponta que, com a recuperação das chuvas no Centro-Oeste, Sudeste e nas regiões Norte/Nordeste, o ritmo de plantio deve acelerar na segunda quinzena de outubro.
No entanto, no Sul, as chuvas limitadas têm impactado o avanço das atividades, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, onde a janela de plantio da soja é mais longa, e o ritmo lento não é considerado alarmante.
Quanto à primeira safra de milho, o plantio na região centro-sul atingiu 48% da área, comparado a 41% uma semana antes e 46% no mesmo período do ano anterior. No Sul, as atividades estão quase concluídas, beneficiadas pelas chuvas recentes, conforme relatado pela AgRural.
Na Bolsa de Chicago, os preços da soja apresentaram uma baixa acumulada de 3,75% na última semana, conforme os dados do Valor Data. No fechamento de sexta-feira, o contrato de janeiro de 2025 registrou uma queda de 1,53%, sendo cotado a US$ 9,82 por bushel.
Os lotes com vencimento em novembro também tiveram queda de 1,9%, atingindo o valor de US$ 9,70 por bushel. Já os contratos para março de 2025 foram negociados a US$ 9,96, representando uma queda de 1,34% no dia. Essa tendência de baixa reflete as condições de mercado e as expectativas em relação à safra.
No curto prazo, o mercado avalia que as condições climáticas estão favoráveis para a safra de soja do Brasil, o que contribui para a tendência de queda nos preços internacionais da oleaginosa.
Essa expectativa de uma safra robusta acaba influenciando negativamente as cotações internas, uma vez que um aumento na oferta global tende a pressionar os preços para baixo. Assim, a dinâmica do mercado interno pode ser impactada pelas oscilações dos preços internacionais, refletindo diretamente na rentabilidade dos produtores brasileiros.