A rede Polishop, fundada por João Appolinário em 1999, entrou com um pedido de recuperação judicial devido à crise financeira que assola a companhia. De acordo com o jornal Valor, a decisão já está em análise na 2ª Vara de Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo. A varejista tenta uma reestruturação econômica.
De acordo com o Valor, a Polishop confirmou o pedido e aguarda a avaliação do juiz Paulo de Oliveira Filho. De acordo com a reportagem a empresa tentou renegociar o montante de dívidas que chegam a R$ 395 milhões com credores, mas está com “dificuldades nesse sentido”. Fontes afirmam que aluguéis atrasados em Shoppings causaram maior resistência a um possível acordo.
No dia 3 de abril, a varejista entrou com um pedido de tutela antecipada na 2ª Vara de São Paulo. Informações apontam que a solicitação de recuperação judicial não ocorreu neste momento devido a falta de documentos necessários para protocolar a entrada, contudo, já havia a necessidade de uma “medida urgente” por conta da situação financeira que a companhia se encontra. A liminar foi concedida no mesmo dia.
No auge, a Polishop chegou a ter 250 lojas espalhadas por todo o Brasil, além dos canais de televenda veiculados na TV aberta. Fontes próximas à empresa afirmam que a crise financeira foi agravada nos últimos anos, especificamente após a pandemia, já que com o lockdown, o número de visitantes em shoppings diminuiu, o que impactou diretamente no pagamento dos aluguéis das unidades.
Com cerca de 120 lojas abertas no Brasil atualmente, a empresa fundada por João Appolinário batalha para não fechar as portas. Em entrevista cedida ao jornal O Estado de S. Paulo, o fundador da companhia afirmou que a companhia possui dívidas com bancos no valor de R$ 84 milhões neste ano. O CEO da varejista afirmou que 42 unidades foram fechadas entre 2023 e 2024.