Um levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) apontou que os jovens de 18 a 24 anos que não trabalham e nem estudam poderiam ter contribuído com R$ 46,3 bilhões no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil de 2022.
A CNC estimou que cada R$ 1 de aumento na renda média dessa população teria um impacto de R$ 1,6 milhões no PIB do país. Felipe Tavares, economista -chefe da CN, afirmou que ” O Brasil perde capacidade produtiva por ter uma força que atuará no mercado pelos próximos anos com menos produtividade”.
A população “nem-nem”, ou seja, aqueles em idade produtiva (15 a 29 anos) que se encontram em situação de inatividade, totalizou 10,9 milhões em 2022, ou seja, um em cada cinco integrantes, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os jovens desocupados, 52% são mulheres, onde 60% delas são mães.
Tavares relembra que as estruturas regionais já são muito desiguais e para superá-las é necessária uma mudança de nível estruturante, como capacitação e oportunidades. “Com a geração nem-nem, as desigualdades regionais tendem a se manter e até a piorar ao longo dos anos”, diz.