A vertical de serviços do grupo Porto (PSSA3) surgiu para complementar o negócio da seguradora. Inicialmente, foi uma forma de justificar os prêmios pagos por clientes que não acionavam o seguro, mas tinham direito a instalações e reparos. Essa abordagem funcionou por mais de três décadas.
Durante esse período, a companhia construiu uma extensa rede com 13 mil prestadores e, só no ano passado, movimentou mais de R$ 5 bilhões em serviços executados. Dessa forma, a operação ganhou vida própria, resultando na criação da Porto Serviços, que tem como objetivo atender também a clientes fora do ecossistema da seguradora.
No mês passado, a Porto Serviços divulgou resultados pela primeira vez, junto com os números de sua controladora, relativos ao primeiro trimestre de 2024. No período, a Porto Serviços obteve um total de R$ 612,4 milhões em receitas e lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) de R$ 112,5 milhões. A margem Ebitda ficou em 18,4%.
Desde que passou a operar como uma empresa independente dentro do grupo Porto, a vertical de serviços é comandada por Lene Araújo, executivo que está há três décadas na companhia. “O que oferecemos para os clientes é resistente ao tempo. Seja hoje ou daqui a 40 anos, você vai continuar precisando de um serviço para sua casa ou de mobilidade”, disse ele ao InfoMoney.
A nova empresa opera em um mercado fragmentado e bastante amplo, cujo valor estimado pela Porto é de R$ 100 bilhões. No médio e longo prazo, a vertical de serviços do grupo poderia atender a 10% desse universo, o que representa um mercado endereçável de aproximadamente R$ 10 bilhões. “Desse mercado endereçável, em receitas, a Porto Serviço já tem em torno de R$ 2,3 bilhões”, afirma Lene Araújo.