Em setembro, a caderneta de poupança trouxe o maior volume de saques líquidos desde janeiro, totalizando R$ 7.140 bilhões. Este foi o terceiro mês consecutivo de retiradas, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (7).
No acumulado de 2024, a caderneta de poupança apresenta uma retirada líquida de R$ 11.239 bilhões, com seis meses consecutivos de saques. O maior volume de retiradas ocorreu em janeiro, totalizando R$ 20.149 bilhões.
Em setembro, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou um saldo negativo de R$ 6.137 bilhões, enquanto a poupança rural teve saques líquidos de R$ 1.003 bilhões.
Atualmente, a rentabilidade da caderneta de poupança é composta pela taxa referencial (TR) acrescida de uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Essa fórmula é válida enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano, e atualmente, a taxa básica de juros está em 10,75% ao ano.
A rentabilidade da caderneta de poupança superou a do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que mede a prévia da inflação. Em setembro, o IPCA-15 teve uma alta de 0,13%, enquanto a caderneta rendeu 0,57%.
Outros investimentos, como bitcoin e ouro, tiveram rentabilidades ainda maiores no mês. Por outro lado, alguns ativos tiveram desempenho negativo, como o Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), que caiu 3,08% em setembro.