A caderneta de poupança no Brasil apresentou depósitos líquidos pelo segundo mês consecutivo em junho, totalizando R$ 2,124 bilhões, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central.
Apesar do resultado positivo nos últimos dois meses, no acumulado de 2025, a poupança ainda registra uma saída líquida de R$ 49,649 bilhões, reflexo dos saques observados nos primeiros quatro meses do ano.
Este resultado representa o terceiro pior desempenho da série histórica, iniciada em 1995, ficando atrás apenas dos anos de 2015 e 2016. A saída líquida no primeiro semestre de 2025 só não superou o resultado negativo dos primeiros semestres de 2015 e 2016.
Em junho, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) teve um saldo positivo de R$ 673,423 milhões, marcando o primeiro mês de entrada líquida no ano. Já a poupança rural também registrou depósitos pelo segundo mês seguido, com um volume de R$ 1,450 bilhão.
A rentabilidade da caderneta de poupança é atualmente definida pela Taxa Referencial (TR) acrescida de uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Esta regra é aplicada enquanto a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, permanecer acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a Selic está fixada em 15% ao ano.
Se a Selic cair para 8,5% ou menos, a parcela fixa do rendimento da poupança passa a ser um percentual da própria Selic, o que pode levar a um rendimento menor em termos nominais.