O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), declarou nesta terça-feira (2) que a ampliação da produção de gás natural resultará na redução de seu preço. Em parceria, o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras estão empenhados em estimular a produção, com a expectativa de quase dobrar a capacidade em até quatro anos, conforme indicou Alckmin.
Em entrevista ao programa WW da CNN Brasil, o vice-presidente explicou que o Gasoduto Rota 3 de Itaboraí (RJ), previsto para entrar em operação este ano, contribuirá significativamente para esse aumento, proporcionando um acréscimo de um terço na produção. O Rota 3 possui uma capacidade de 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por ano, enquanto a produção atual é de 45 milhões de metros cúbicos por ano.
Atualmente, o preço da molécula do gás natural no país atinge US$ 11 por milhão de BTUs, consideravelmente superior aos US$ 3 a US$ 4 praticados nos Estados Unidos. Essa disparidade é atribuída aos elevados custos de produção local, principalmente pela extração da commodity no pré-sal, o que implica em operações mais desafiadoras.
“Há uma capacidade bem maior a ser explorada que podemos usar para trazer gás por um valor menor”, afirmou Alckmin.
Além do aumento da produção nacional, Geraldo Alckmin também advogou pelo uso mais efetivo do Gasoduto Brasil-Bolívia, destacando que há uma capacidade substancial a ser explorada, o que pode contribuir para a redução dos custos de transporte de gás natural.
Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil