O mais recente Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, apontou que, em setembro, o preço médio do GNV (Gás Natural Veicular) apresentou queda de 0,43% na Região Sudeste, na comparação com agosto, sendo comercializado a R$ 4,64/m³.
O recuo regional é reflexo da queda registrada em todos os estados do Sudeste. No Espírito Santo ocorreu a maior redução, de 3,58%, fazendo o preço do combustível recuar para R$ 4,31/m³, o mais barato da região.
Em São Paulo, a queda foi discreta, de 0,21%, levando o gás a custar R$ 4,76/m³. No Rio de Janeiro, o GNV foi comercializado, em média, a R$ 4,56/m³, após um recuo de 0,65%. Já em Minas Gerais, mesmo com a queda de 1,48%, foi encontrado o preço mais caro da região: R$ 5,32/m³.
“A análise de setembro do IPTL aponta para uma tendência de queda consistente e generalizada do GNV no Sudeste, visto que todos os quatro estados registraram recuo nos preços. Isso sugere que fatores macroeconômicos ou de oferta de gás na região impactaram positivamente o mercado como um todo, caracterizando um movimento abrangente e não apenas um evento isolado. Porém, a análise evidencia que a disparidade de preços entre os estados permanece grande: a diferença entre o valor praticado no Espírito Santo (R$ 4,31) e em Minas Gerais (R$ 5,32) passa de R$ 1. Tamanha diferença indica que, para além da tendência regional, fatores locais, como custos logísticos, continuam sendo determinantes na formação do preço final pago pelo consumidor”, aponta Renato Mascarenhas, Diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade.
O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log, com uma robusta estrutura de data science que consolida o comportamento de preços das transações nos postos, trazendo uma média precisa, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca.
Nos últimos anos, o consumo automotivo de GNV registrou queda em diversos mercados. Por exemplo, um boletim de maio mostra que a demanda média passou de 6,20 milhões de m³/dia em 2022 para 4,17 milhões de m³/dia recentemente. Algumas empresas distribuidoras vêm apostando no segmento de veículos pesados (ônibus, caminhões) para reaquecer o mercado automotivo a gás.
Também há movimentações regulatórias e de preço: por exemplo, em 1º de agosto de 2025, a Petrobras reduziu em 14% o preço da molécula de gás vendido às distribuidoras, incluindo o GNV. Essa redução tende a influenciar os preços ao consumidor final, embora existam outras variáveis envolvidas (logística, transporte, margens das distribuidoras).