Os preços do petróleo registram forte queda nesta segunda-feira (29), devolvendo parte dos ganhos acumulados na semana passada. O movimento ocorre em meio a rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), liderada pela Rússia, pode anunciar em novembro um novo aumento na produção da commodity.
Por volta das 12h40 (horário de Brasília), o contrato mais líquido do Brent, referência global, para dezembro recuava 3,26%, cotado a US$ 67,00 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Já o petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos, caía 3,71%, a US$ 63,30 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Fontes ouvidas pela Reuters indicam que a Opep+ deve confirmar em novembro a elevação de pelo menos 137 mil barris por dia (bpd), movimento estimulado pela valorização recente do óleo bruto e pela tentativa de recuperar participação de mercado.
Além disso, os investidores repercutem a retomada das exportações de petróleo da região semiautônoma do Curdistão, no norte do Iraque, para a Turquia, após dois anos e meio de suspensão. Segundo o Ministério do Petróleo iraquiano, o fluxo atual gira entre 150 mil e 160 mil bpd, com potencial para atingir até 230 mil bpd no mercado internacional.
A queda da commodity pressiona as ações do setor no Ibovespa (IBOV). A Petrobras, papel mais negociado da bolsa, liderava as perdas do segmento. Às 12h40, as ações ordinárias (PETR3) recuavam 1,60%, a R$ 34,42, enquanto as preferenciais (PETR4) caíam 1,15%, a R$ 31,88.
Outras empresas também operavam no vermelho: Brava Energia (BRAV3) tinha baixa de 1,58%, a R$ 18,05; PetroReconcavo (RECV3) recuava 1,15%, a R$ 12,85; e Prio (PRIO3) registrava queda de 0,99%, a R$ 38,85.