O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que monitora as commodities alimentícias mais negociadas globalmente, atingiu uma média de 120,4 pontos em maio, registrando um aumento de 0,9% em relação ao nível revisado de abril, conforme relatado pela FAO na sexta-feira (7).
O índice atingiu o nível mais baixo em três anos em fevereiro, à medida que os preços dos alimentos continuaram a diminuir em relação ao pico recorde estabelecido em março de 2022, após a invasão da Rússia na Ucrânia, país que também exporta produtos agrícolas.
O aumento em maio foi impulsionado pelos preços dos cereais, que subiram 6,3% em relação ao mês anterior, devido às crescentes preocupações com as condições desfavoráveis das safras, que estão restringindo as colheitas de 2024 nas principais áreas produtoras, como o norte da América, a Europa e a região do Mar Negro.
Em um relatório separado sobre oferta e demanda de cereais, a FAO previu que a produção mundial de cereais em 2024/25 será de 2,846 bilhões de toneladas, aproximadamente no mesmo nível da produção recorde de 2023/24. Isso se deve ao aumento esperado na produção de cevada, arroz e sorgo, compensando as quedas previstas na produção de milho e trigo.
No entanto, a FAO alertou que as “recentes condições climáticas adversas na região do Mar Negro provavelmente resultarão em uma redução na produção mundial de trigo, uma possibilidade ainda não refletida na previsão”.