Presidente do Equador decreta ‘conflito armado interno’

Combate ao crime organizado é parte dos planos do presidente Daniel Noboa

AFP/Fernando Machado

A violência eclodiu as ruas do país, após a fuga da prisão no dia 7 do narcotraficante Adolfo Macías, vulgo “Fito”, o líder da gangue criminosa Los Choneros. Esse fato desencadeou vários motins em diferentes prisões no país e ordens dos líderes para iniciar uma série de ataques.

A ação mais ousada dos criminosos foi transmitida ao vivo, quando um grupo de pessoas encapuzadas invadiu o estúdio da TC Televisión usando armas e mostrando o que seriam explosivos para as câmeras. Vários funcionários foram feitos reféns e a polícia só conseguiu controlar a situação algumas horas depois, prendendo ao menos 13 pessoas.

De acordo com o jornal “El Universo”, oito pessoas morreram e duas ficaram feridas durante a onda de violência em Guayaquil. Além dos sequestros de agentes na noite de segunda-feira, houve explosões na província de Esmeraldas. Várias pessoas lançaram um artefato explosivo perto de uma delegacia e dois veículos foram queimados em outros locais, sem deixar vítimas.

Daniel Noboa definiu a situação como de “conflito armado interno”, dando mais poderes de segurança pública às Forças Armadas. Determina a execução de operações militares para “neutralizar” os grupos criminosos, “respeitando os direitos humanos”.

Equador pretende cortar gastos em cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) enquanto o país enfrenta crises fiscais, de dívida e de segurança, disse no final do ano o ministro das Finanças, Juan Carlos Vega. A nova administração planeja ainda reduzir o número de empreiteiros públicos e reduzir as ineficiências nas empresas estatais para ganhar o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) para um novo programa de financiamento.

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