Privatização da Sabesp é aprovada por deputados de São Paulo

Oposição não participou da votação em ato de boicote

Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo/Alesp

Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram, nesta quarta-feira (6), a privatização da Sabesp. O projeto era prioridade do governador Tarcísio de Freitas, contudo, ainda será discutido na Câmara, já que a capital representa 44% do faturamento da empresa.

O pleito ocorreu na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), e foi marcado por tumulto entre manifestantes, deputados e a polícia. A confusão ocorreu antes da sessão e os protestantes foram dispersados por uso de gás de pimenta – por conta disso, alguns membros do parlamento não puderam participar da votação, enquanto outros chegaram a usar máscaras para entrar no plenário.

O projeto de privatização da Sabesp é uma das maiores prioridades no governo de Tarcísio de Freitas, que encerra o primeiro ano de mandato com vitória. Segundo o governo estadual, o principal objetivo da ação é ampliar os investimentos para universalizar o saneamento básico, com recursos do capital privado. 

O atual plano prevê um investimento de R$56 bilhões de reais, que serão inseridos na meta de universalização do Novo Marco de Saneamento. Com a privatização, o governo estipula um aumento de mais R$10 bi no plano – R$66 bi no total -, com antecipação do objetivo, de 2033 para 2029. 

Apesar da vitória na Alesp, Tarcísio agora precisa passar o projeto pela Câmara de São Paulo, já que a capital paulista representa 44% do faturamento da Sabesp – será feita uma votação que visa modificar a lei municipal. Além disso, o governo também precisará se reunir com as lideranças das 375 cidades atendidas pela companhia, com objetivo de elaborar documentos sobre a situação de cada contrato. 

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