O cenário da cana-de-açúcar na região Centro-Sul na safra 2025/2026 apresentou em abril retração nos principais indicadores agronômicos. O dado é do Programa de Benchmarking do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), que divulgou hoje o Boletim De Olho na Safra.
A safra 2025/26 iniciou com produtividade média (TCH) estimada em 72,7 toneladas por hectare, o que representa uma queda de 16,6% em relação à safra anterior (2024/25).
O ATR médio projetado é de 112 kg por tonelada de cana, um recuo de 3% em comparação ao ciclo anterior. Como consequência, o TAH (toneladas de ATR por hectare) deve atingir 8 t, uma redução de 20% frente à safra passada.
O déficit hídrico acumulado gira em torno de 300 mm, valor considerado dentro da normalidade histórica. Já o risco de florescimento é considerado baixo para esta safra, com maior probabilidade de ocorrência restrita ao Triângulo Mineiro e Goiás.
O CTC – Centro de Tecnologia Canavieira é uma empresa de biotecnologia e inovação, líder global em ciência da cana-de-açúcar. É o maior banco de germoplasma de cana-de-açúcar do mundo, com mais de 5 mil variedades. Nos laboratórios em Piracicaba (SP) e Saint-Louis (Missouri-EUA), as equipes de cientistas desenvolvem trabalhos de ponta em melhoramento e engenharia genética
A estimativa inicial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2025/2026 de cana-de-açúcar é de 663,4 milhões de toneladas, representando uma redução de 3,6% em relação à safra anterior.
Apesar disso, a produção de açúcar está projetada para atingir 45,9 milhões de toneladas, um aumento de 4% em comparação ao ciclo passado. A produção de etanol também deve crescer, alcançando 8,7 bilhões de litros, com destaque para o etanol hidratado, que representa a maior parte desse volume