Nesta sexta-feira (8), o presidente atual da Rússia, Vladimir Putin, anunciou sua intenção de concorrer à reeleição nas eleições de 2024, cuja data foi fixada pelo Parlamento para 17 de março de 2024. O anúncio ocorreu durante uma cerimônia de condecoração a soldados no Kremlin, e a confirmação oficial da candidatura foi feita pelo porta-voz do governo.
Com base em reformas constitucionais que Putin mesmo orquestrou, ele pode concorrer a mais dois mandatos de seis anos, o que o possibilitaria permanecer no poder até 2036. Dada sua influência sobre o sistema político russo, a vitória de Putin é amplamente antecipada. Os principais opositores potenciais encontram-se presos ou no exterior, enquanto a maioria dos meios de comunicação independentes foi proibida.
Apesar de desafios como a prolongada guerra na Ucrânia e uma rebelião fracassada do Grupo Mercenário Wagner, os índices de aprovação de Putin permanecem notavelmente elevados, conforme indicado por institutos de pesquisa independentes.
Até o momento, dois candidatos anunciaram planos de concorrer: Boris Nadezhdin, ex-deputado e vereador na região de Moscou, e Yekaterina Duntsova, jornalista e advogada da região de Tver, ao norte de Moscou. Ambos enfrentarão desafios consideráveis, dado o rigor das leis eleitorais russas, que exigem 100 mil a 300 mil assinaturas de diferentes regiões para candidatos de partidos não representados nacionalmente ou independentes.
Putin, que tem utilizado diferentes estratégias ao longo dos anos, não indicou se concorrerá de forma independente ou por meio de um partido em 2024, mas analistas sugerem que é provável que ele opte por uma candidatura independente, como fez em 2018.
Imagem: Sergei Bobylev / Sputnik, Kremlin Pool via AP